Atenção, colegas professoras e professores de Língua Portuguesa! Segue sugestão de aula, aplicada hoje na turma onde estou estagiando (2º ano do Ensino Médio - EEEM Caic Madezatti).
Obs.: Os jovens deveriam criar um final para a crônica. O que segue abaixo, em amarelo, é o final que eu criei. Mostrei para a turma, após todos entregarem seus trabalhos. Serviu para descontrair. Mas é só uma sugestão...
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EXERCÍCIO DE PRODUÇÃO TEXTUAL
(Gênero:
Crônica)
O texto abaixo foi adaptado de uma produção em sala
de aula de estudantes do 2º ano (Ensino Médio). O exercício consiste em escrever um final
para a crônica. Mas atenção: que o final seja o mais inusitado possível. A
ideia é trabalhar a criatividade.
CRÔNICA SOBRE O INTERNETÊS
Ontem à noite, como de costume, estava navegando pelas redes sociais. Entre
tantas postagens, vi uma bem interessante sobre o grenal. Resolvi compartilhar com
os amigos de um chat, sem imaginar que iniciaria uma discussão:
– Timinho de
fdp!
– Vcs vão
perder!
– Entaum
vamu vê!
Enquanto o
bate-boca seguia, eu pensava: Por que será que se fala tão errado na internet?
Na escola, sempre
tirava notas baixas em português. Era um tal de escrever/falar “discursão”, “enterte”, “pra mim
fazer”, “partilera”, “eu truxe”, “tu vai” (ou pior: “tu vai
í lá”)... Tinha até um professor que ironizava quando eu erguia a mão:
“Aonde mim vai agora?”
Resultado: cresci intolerante a tudo o que foge da língua padrão.
Um desses meus
colegas de chat quis me convencer, outro dia, que o importante é se comunicar. Falou,
inclusive, para eu pesquisar o tal de INTERNETÊS. Joguei no Google e vi que existem até grupos
de discussão sobre isso. Um “professor” disse que não existe jeito certo ou
errado de escrever. O que existe são linguagens apropriadas para cada momento.
Papo furado.
Não me levem a mal,
eu não gosto de tudo certinho, não sou nenhum CDF. Mas é que levei tanto xingão
na escola... e agora vem alguém me dizer que é certo escrever “pq” em vez de
“porque”? Não, eu não consigo aceitar tanta abreviatura, palavras escritas de
forma errada e gírias forçadas. Quando eu sair daqui...
Esperem! Tem alguém batendo na porta:
– Pois não? Ah, sim, Doutor! Entre!!!
– Professor, está tudo bem?
– Tudo, Doutor! Mas o Sr. parece preocupado. O que houve?
– Teremos que transferi-lo, professor! Lamento, mas como não
houve melhora...
– Eu não sou louco, Doutor! Por favor, me ajude...
*E, assim,
transferiram para outro sanatório o professor que enlouqueceu quando recebeu um
novo livro didático, onde se dizia que não existe uma linguagem correta; o que
existe são linguagens apropriadas para cada situação do dia-a-dia. A propósito,
o internetês é uma delas.
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